INTRODUÇÃO

        Duas das características básicas da Ciência são a investigação e o questionamento. Assim começaram os estudos sobre Evolução, no século XVIII. Até então, a crença mais aceita sobre a origem do homem era o Criacionismo. Esta é uma teoria de cunho religioso, na qual consta que o homem foi criado por Deus, “à sua imagem e semelhança”, a partir do barro. Sua forma continua a mesma desde a criação, por isso essa teoria também é conhecida como “fixista”.

           

Jean-Baptiste Lamarck    

        Um dos primeiros estudiosos a observar elementos da Natureza que talvez contradissessem tal teoria, foi o francês Jean-Baptiste Lamarck (1744 -1829), com sua proposta do “Uso e Desuso” e da “transmissão de caracteres adquiridos”. Mesmo que a princípio suas teorias pareçam não aplicáveis para os dias de hoje, são incrivelmente aceitas pelos leigos em geral. O maior exemplo é a polêmica questão da “perda do dente siso”. É comum escutarmos que as gerações o estão perdendo, devido à falta de utilidade dele. Isso não soa lamarckista? Ou quando muitos dizem que o apêndice, um anexo do intestino grosso, está atrofiado porque perdeu sua função com o passar do tempo, contrastando com o apêndice dos ancestrais dos humanos que era mais desenvolvido. Enfim, há uma infinidade de situações em que se recorre a explicações lamarckistas mesmo que inconscientemente.

        Após Lamarck, um dos mais importantes naturalistas a estudar a evolução humana foi o inglês Charles Darwin (1809 – 1882). Conseguinte à leitura das teorias de Lamarck e demais estudiosos, Darwin viajou pelo mundo a bordo de um dos mais famosos navios da História, o Beagle. Na verdade, ele embarcou para fazer companhia ao capitão Robert FitzRoy, mas acabou se tornando o naturalista oficial do navio. A longa viagem rendeu a Darwin a formulação da teoria da Seleção Natural.

Charles Darwin