|
Conclusão
Ao extinguir espécies
ou deixá-las em vias de extinção, interfere-se na cadeia alimentar, afetando as
predadoras daquelas, que passarão a ter dificuldades para arranjar alimentos,
bem com as suas presas naturais, que terão desenvolvimento desenfreado. Isso
constitui um ciclo vicioso de desequilíbrio ambiental que chegará às espécies
da flora, que também sofrerão com o desequilíbrio, tanto de predadores naturais
quanto de espécies polinizadoras. Preservar os animais,
portanto, não é só uma questão ecológica e cultural. A interferência da
destruição e extinção prematura de espécies da fauna incide diretamente na
vegetação e, por consequência, em todo o bioma, afetando também os rios e
cursos d’água e a qualidade do ar, além das populações que estão economicamente
ligadas à pesca, à caça ou ao extrativismo.
No Brasil, diversos
projetos procuram reverter quadros difíceis de algumas espécies, que chegaram à
beira da extinção por consequência da ação do homem. É o caso do Projeto Tamar,
que de suas várias bases pelo litoral brasileiro, lança ao mar centenas de
filhotes de tartarugas marinhas por ano. Tal projeto tem grande relevância nas
cidades onde atua e tem se mostrado eficiente quanto à preservação de filhotes
de tartaruga, que geralmente eram iscas para outros animais antes de poderem
nascer. Os cientistas do
Tamar acompanham desde o período em que as tartarugas marinhas adultas botam
seus ovos na praia, cuidando das áreas de reprodução, para evitar interferência
humana, até a ida dos filhotes para a água. Nesse meio tempo, há estudos sobre
as espécies de tartarugas marinhas da costa brasileira, além de outros acerca
dos impactos da poluição e da pesca predatória sobre essas espécies. Além do
Tamar, outros projetos agem igualmente, visando estudar e preservar os animais.
Alguns exemplos são o Projeto Jubarte, o Baleia Franca e o Peixe Boi.
|