Introdução

Quase todo o oxigênio transportado pelo sangue total dos animais é levado pela hemoglobina dos eritrócitos (LEHNINGER, 1995). A hemoglobina é uma proteína que contém ferro e que além de permitir o transporte de oxigênio, também transporta produtos finais da respiração celular – íons de hidrogênio e gás carbônico.

Felizmente, a hemoglobina se liga ao oxigênio e ao gás carbônico de maneira “superficial”. Isto quer dizer que, embora ela se ligue facilmente a esses gases, também se desliga deles com facilidade. Se não fosse assim, a hemoglobina reteria esses gases, deixando de entregar o oxigênio aos tecidos e o gás carbônico aos alvéolos pulmonares (CÉSAR, SEZAR & BEDAQUE, 1998). Entretanto, o monóxido de carbono que é um gás de resíduos de combustão, possui a propriedade de se ligar firmemente à hemoglobina, fazendo com que ela deixe de transportar oxigênio, impossibilitando dessa maneira o processo de respiração.

Dessa maneira, quando a maior parte da hemoglobina existente é bloqueada pelo monóxido de carbono, o resultado pode ser a morte. Entretanto, níveis mais baixos de CO ligado à hemoglobina causarão palpitações cardíacas, que podem ter sérios efeitos sobre pessoas com problemas cardíacos (EVANS, 1999).