Introdução

 


Ao longo da história da vida, os organismos passaram por modificações em tamanho, número e diversidade.

Desde a sua origem, como micróbios unicelulares nos oceanos, a vida se diversificou, ao longo de mais de 3,5 bilhões de anos, gerando a miríade de organismos que hoje conquistaram a terra, a água e o ar.

Apesar de todos os avanços científicos, até meados do século XIX predominou no mundo o criacionismo, teoria segundo a qual todas as espécies vivas foram criadas por ato divino, tal e qual se apresentam hoje. De acordo com a teoria criacionista, o número de espécies foi determinado por Deus no momento da criação.

Somente na metade do século XIX surgiu uma teoria convincente para explicar essas transformações biológicas.
Dois naturalistas britânicos, Charles Darwin e Alfred Russel Wallace, chagaram independentemente à mesma abordagem. Darwin, na verdade, vinha desenvolvendo sua teoria desde 1837, logo após seu retorno da expedição a bordo do Beagle.

Com base nas informações coletadas durante a viagem, ele elaborou uma proposta de explicação para a evolução dos seres vivos, que publicou em 1859 no livro intitulado A Origem das Espécies por meio da Seleção Natural.Darwin percebeu que os seres vivos em geral têm grande facilidade para gerar descendentes, mas que nem todos eles sobrevivem até produzir seus próprios descendentes. Ele também notou que os descendentes de um ser vivo não são todos exatamente iguais. Ao contrário, eles já nascem com pequenas diferenças individuais, ou seja, existe variabilidade nas características entre os descendentes