Introdução

O melhoramento genético clássico de plantas tem sido usado, com sucesso, há muitos anos no intuito de desenvolver espécies com características agronômicas ou nutricionais importantes.

Os transgênicos são produtos ou organismos nos quais foram inseridos genes exógenos (de outra espécie) via transformação gênica. Em geral os cientistas extraem genes de uma espécie que possui uma característica importante e os transferem para a que se deseja melhorar. A transgenia é uma técnica que pode contribuir de forma significativa para o melhoramento genético de plantas e animais, visando à fabricação de fármacos e outros produtos industriais, assim como produção de alimentos .

São citadas como características importantes a resistência a pestes, doenças, herbicidas e estresses ambientais, melhoramento de estocagem pós-colheita, melhoria nas características de sabor, aroma e cor dos alimentos, bem como aumento no valor nutricional.

Entretanto, por sua novidade, a transgenia tem causado preocupações e transformações, sejam de caráter científico, social, econômico ou cultural. Assim, a controvérsia provocada pelas novas técnicas da biotecnologia, em especial o uso de organismos transgênicos ou de organismos geneticamente modificados (OGMs), deve ser considerada uma mudança na percepção pública sobre a ciência e sobre as conseqüências das suas aplicações tecnológicas.

           A existência de riscos associados aos organismos geneticamente modificados (OGM) tem sido questionada há mais de vinte anos, muito antes de qualquer produto transgênico chegar ao mercado, gerando grandes discussões que envolveram governos, agricultores, comerciantes, associações de defesa dos animais, entre outros.