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Conclusão
Com
diferenças associadas às condições sociais, sanitárias e ambientais, as doenças
tropicais ainda constituem um dos principais problemas da saúde pública do
mundo.
O Brasil mantém
hoje grande disseminação de doenças tropicais e, por isso, se faz necessário a
conscientização e conhecimento da população a respeito delas e de todos os
males que causam além de haver também, necessidade de promover ações de
prevenção e controle.
Durante
muitos anos a prevenção alcançou enorme êxito, deixando os índices de doenças
tropicais muito baixos. Um exemplo foi a atuação do Plano de Intensificação das
Ações de Controle da Malária (PIACM), desenvolvido pelo Ministério da Saúde na
região da Amazônia nos anos de 2000
a 2002. Este projeto reduziu pela metade os índices de
incidência da doença na região, assim como os números de óbitos e
internações. Entretanto, na maioria dos
casos, quando resultados são obtidos os planos de controle e prevenção são
deixados de lado fazendo com que “antigas” doenças ressurjam com diferentes
características e “novas” disseminam-se com uma velocidade absurda. Assim, se
evidencia a importância do conhecimento da população acerca das doenças
disseminadas, e da consciência de todos na prevenção e controle delas.
O assassino
de Pedro Silva, na história apresentada na nossa Tarefa, é a doença Malária. A
Malária é um grave problema de Saúde Pública, principalmente na região da
Amazônia, onde ocorrem aproximadamente 99,5% dos casos da doença registrados no
Brasil. Nos anos de 2002 e 2003, foi observado um aumento de 17.9% em sua
incidência, chegando a um total de 410.475 casos no ano de 2003.
A malária é
transmitida pela picada das de mosquitos do gênero Anopheles.
Sua transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas,
principalmente em suas periferias. O mosquito, que só sobrevive em áreas com
temperaturas superiores a 15ºC, se contamina ao picar os portadores da doença,
tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas.
A princípio,
os sintomas apresentados são inespecíficos, como dores de cabeça, fadiga, febre e náuseas.
Mais tarde, caracterizam-se por acessos periódicos de calafrios e febre
intensos que coincidem com a destruição maciça de hemácias
no sangue. São seguidas de palidez da pele e tremores violentos
durante cerca de 15 minutos a uma hora. Sintomas crônicos incluem a anemia,
cansaço, debilitação com redução da capacidade de trabalho e da inteligência
funcional, hemorragias e infartos de incidência muito aumentada.
Não existe
vacina contra a malária, e a melhor medida de prevenção é a erradicação do
mosquito Anopheles. Ultimamente, há o uso de inseticidas
potentes, mas tóxicos, o uso de redes contra mosquitos, que é eficaz na proteção
durante o sono (quando ocorre a grande maioria das infecções). O uso de cremes repelentes é também eficaz e a roupa deve
cobrir a pele nua o mais completamente possível durante o dia. A drenagem de
pântanos e outras águas paradas é uma medida de saúde pública também eficiente.
A prática de medidas conscientes de prevenção como estas citadas, pode
contribuir significativamente para a diminuição do número de casos de malária
no Brasil.
Avança
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