No início da década de 1890, um cientista russo demonstrou uma doença na folha do tabaco. Era causada por algo menor que qualquer bactéria conhecida, sem ter sido capaz de enxergar o agente causador da doença. O caldo extraído das folhas de tabaco provocava doença em outras plantas, mesmo depois de ter passado por um filtro de porcelana que impedia a passagem de bactérias. Os vírus só puderam ser enxergados em 1950 com a invenção do microscópio eletrônico, porque são microorganismos 100 vezes menores que uma bactéria. Os maiores vírus medem, no máximo, 0,5 micrômetro (as bactérias medem entre 1 e 10 micrômetros).

    A partir da descoberta desses organismos começaram a surgir teorias sobre eles serem ou não um ser vivo. Esta é uma discussão que sempre dá múltiplas possibilidades de respostas. O vírus tem que ser estudado dentro da biologia. Mas biologia estuda seres vivos. Aí chega alguém falando que vírus não é um ser vivo. E então, como é que fica essa situação esquisita? Dá um certo trabalho então para tentar caracterizar, definir direitinho onde é que se coloca o vírus dentro do contexto da Biologia. Quando a gente vai examinar o que é um vírus, descobre-se que são moléculas simples, que às vezes estão até aglomeradas em um número grande de moléculas. 

Sua organização é muito simples, devido a isso não se enquadram na classificação dos seres vivos, por não apresentarem uma estrutura celular. São formados basicamente por uma porção de material genético DNA (ácido desoxirribonucléico) ou RNA (ácido ribonucléico) – argumento que alguns autores usam para defender que o vírus é um ser vivo – envolvido por proteína. Alguns vírus com estruturas mais complexas possuem sobreposto a camada protéica um envoltório lipoprotéico. Mas se você examina o que o vírus faz, vê que ele não faz nada! Ele fica quieto num canto. Só vai acontecer alguma coisa quando ele entra dentro de uma célula, pois fora das células, os vírus não possuem atividade metabólica própria. A célula é quem faz a replicação do vírus. Eles estabelecem ocasionalmente uma grande interação entre as estruturas das células. 

O ácido nucléico do vírus contém informações essenciais para induzir a célula hospedeira infectada a programar, de maneira que este passe a sintetizar várias estruturas moleculares próprias, que são necessárias à produção dos vírus reproduzidos. Argumento usado por defensores de que o vírus não é um ser vivo. Estes agentes infecciosos podem parasitar células animais, vegetais e também outros microrganismos. Eventualmente podem parasitar as células de outro ser vivo, sem produzir doença. Então demora um certo tempo até a gente achar um lugarzinho, um nicho para colocar o conceito de vírus.

                           

Dentre as doenças que os vírus podem causar podemos citar:


Para chegarmos a uma resposta para a questão exposta acima temos que definir o que vem a ser uma célula para daí tirarmos a nossa conclusão.

Célula: É um sistema que funciona, que faz coisas, que cresce, reproduz, morre, metaboliza e transforma nutrientes.