Introdução


                          

O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos anos. Dados da organização mundial de saúde (OMS) mostram que cerca de 80% da população mundial fez uso de algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa ou desagradável.

É provavel que a utilização das plantas como medicamento seja tão antiga quanto o próprio homem. No Brasil a utilização de plantas no tratamento de doenças apresenta fundamentalmente, influências indígena, africana e naturalmente européia.

Os índios utilizavam as plantas dentro de uma visão mística, em que o pajé fazia uso de plantas entorpecentes para sonhar com o espírito que lhe revelaria então a erva para a cura do enfermo.

A influência africana é pouco conhecida mas não menos relevante. Para os negros quando alguém adoecia é porque estava possuído pelo espírito mau, e um curandeiro era encarregado de expulsá-lo.

A influência européia teve inicio com a chegada dos padres jesuítas, eles formulavam receitas a base de plantas para o tratamento de doenças chamadas de boticas dos colégios.

Esta influências deixaram marcas profundas nas diferentes áreas de nossa cultura , sob aspecto material ou espiritual, constituem a base da medicinal popular que, há algum tempo, vem sendo retomada pela medicina natural, que procura aproveitar suas práticas, dando-lhes caráter científico e integrando-as num conjunto de princípios que visam não apenas curar algumas doenças mas restituir o homem a vida natural.


Texto retirado do livro : Plantas Medicinais - Ernane Ronie Martins; Daniel Melo de Castro; Débora Cristina Castellani; Jaqueline Evangelista Dias – 5ª reimpressão – Editora Universidade Federal de Voçosa – 2003 ,220 páginas