Introdução
As escolas levaram muito tempo para
decidirem pelo uso educacional dos computadores. Na carência de
professores adequadamente preparados para esse uso, as escolas, de
maneira geral, relegaram a segundo plano a discussão sobre essa
conveniência. Outras, notadamente as vinculadas às redes públicas de
ensino, ainda que contando com computadores, nos chamados laboratórios
de informática, e com acesso à internet, ainda não promovem uma efetiva
incorporação curricular desse recurso. A ideia que fica é
que arecem fingir que as tecnologias digitais não existem ou,
se existe, não são para uso na escola.
Enquanto isso a sociedade avançava no uso dos computadores. Originalmente
disponíveis apenas em locais de trabalho, desktops e notebooks chegaram às casas
das famílias, inclusive as de menor faixa de renda.
O acesso à internet
no Brasil vem crescendo, com o celular se consolidando como o principal aparelho para o acesso.
Desde
que os computadores
começaram a ser utilizados nas escolas, as posturas de professores e
gestores sobre esse uso colocaram-se em um amplo espectro. De um lado, apareceram os empolgados com os potenciais dessa utilização, vendo no
computador um
agente responsável pela melhoria da educação.
No outro extremo estavam
aqueles que se
opunham a esse uso, temendo implicações de várias ordens. Esses últimos
seriam, na Era da
Informação ou Era do Conhecimento, na Sociedade em Rede, como queira
caracterizar esse momento da história da humanidade, os novos ludditas.
E
mesmo quando as tecnologias adentraram mais efetivamente
as escolas, controvérsias permaneceram. Para alguns educadores
elas poderiam e deveriam ser utilizadas em todos os segmento da
Educação, para outros essa ampla utilização não deveria ocorrer. E
muitos questionavam e ainda colocam em dúvida sua utilização com
as crianças menores.
Enquanto isso, a utilização de celulares e, em especial, dos
smartphones ampliou-se de forma acelerada. Olhamos ao redor de nós e
encontraremos ao menos uma pessoa com os olhos voltados para uma
pequena tela. Algumas parecem incapazes de desligarem-se do aparelho. A
tela parece se tornar o seu universo de vida, seu mundo. E entre esses
que estão com as tecnologias em suas mãos encontraremos certamente
crianças. Afinal é nesse mundo em que vivem, vivem imersos na cultura digital. Tanto é que a própria BNCC precisou considerar a realidade da educação infantil em uma cultura digital.
E por causa da pandemia da Covid-19
em 2020 as crianças, impedidas de estarem em suas salas de aula, foram
para a "escola virtual". A escola "remota" se implantou graças
às tecnologias digitais e assim foi possível assegurar a
continuidade dos processos educativos formais na duração do
distanciamento social
ampliado.
AVANÇA